Como é complicado quando você resolveu compartilhar opiniões, falar sobre o que gosta ou se posicionar perante uma polêmica qualquer. Hoje, a confusão é evidente pela ignorância em distinguir a diferença entre “entender” e “aceitar”! Todos temos nossas próprias visões. O que dificulta é, na maioria das vezes, o embasamento e o saber consciente, para opinar e entender. ENTENDER não é aceitar! Isto é que não se vê compreendido.
Uma entrevista realizada pelo Jornal Folha de São Paulo mostra as opiniões completamente opostas, entre duas professoras da rede pública de ensino, sobre a volta do funcionamento “normal” das Escolas. É nítida a analogia ao impasse de se posicionar na questão, entendendo e não aceitando, ou aceitando apesar de não entender. Não é fácil.
A pandemia causou muito mais do que o prejuízo à economia dos países. Dezenas de carências e sequelas da ausência de convivência social nos trouxeram aos debates, às polêmicas que se alastram em sites de relacionamento e em “lives” pela internet. Começamos a perceber que todo mundo é “médico” e especialista em economia, política e gestão pública. Nesse clima, está feito o embate que nã sabemos até quando vai durar.
Os professores que são contra a volta das aulas neste período são a maioria em todo o país. A alegação principal desse grupo é que a Escola não é um lugar para se ir com medo. É um ponto de resgate do conhecimento, com a integração dos jovens e crianças como seres humanos gregários. É o lugar onde se promove além do que a aquisição do saber, a troca de experiências. Onde se vive as primeiras emoções da formação de caráter e personalidade, gostos e cultura.
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Por outro lado, a minoria a favor, tem como fundamento a declaração de que os alunos precisam ter a atividade escolar como prevenção da depressão e da inércia total de atividade sensorial e física. Também alegam que todos os cuidados serão tomados. Que a gestão escolar está se preparando, ou já se preparou adequadamente. Porque alguma Escolas já iniciam as aulas no início de março. A frase de muitos dos professores a favor é: “A Escola é nosso ambiente de convivência, do olhar”.
As redes públicas de 15 estados anunciaram a volta às aulas, ao menos de forma remota, para este mês de fevereiro. Apenas o estado de Goiás já havia iniciado suas atividades escolares em janeiro passado. Por conta da pandemia, o calendário das escolas públicas no Brasil sofreu atrasos e mudanças.
Os outros 9 estados e o Distrito Federal programam o retorno das atividades escolares a partir de março. Somente o estado da Bahia não informou uma previsão de retorno. Mas, a maioria dos entes da federação decidiu começar essas primeiras aulas com ensino remoto. O objetivo é implementar de forma gradativa o retorno dos trabalhos presenciais.
A intenção em grande parte dos casos é estabelecer uma forma híbrida de aulas, ou seja, parte das aulas de forma online e parte dos alunos de forma presencial na escola; com alternâncias neste processo.
Ainda assim, a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que toda e qualquer atividade em grupos de peoas em ambientes fechados sempre reserva um grande perigo de contaminação pelo Corona Vírus. Mesmo que se prometa cuidados, ainda não se descarta a possibilidade de contrair a doença.
O que se deve deixar muito claro é a responsabilidade da gestão escolar em todos os seus níveis, por um possível agravamento da situação nas escolas.
Esse tema é muito difícil de se resolver. Acredita-se que a melhor solução viria de uma discussão consciente, com a participação das autoridades médicas, junto aos órgãos mais altos de gestão da Educação e com a participação de representantes da classe mais importante: os alunos.
Redator: Luiz Alberto Silva
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