Quando estamos na frente da televisão, jogando nosso game predileto, uma avalanche de pensamentos e recordações, toma conta nosso cérebro. Vivemos continuamente com os resquícios dos games que já passaram pela nossa vida. Certos momentos e inspirações retornam das mais variadas formas. Nesses fragmentos, contextualizado em qualquer gamer ‘Old School’, está intrínseco na série Street Fighter.
As casas de fliperamas, do início dos anos 90, são exemplos dessa batalha. Fichas e mais fichas eram gastas para o aprimoramento dos golpes e o descobrimento do mecanismo de execução. Street Fighter II – World Warriors, mudou os paradigmas dos jogos de luta e praticamente todos os games que vieram após o seu lançamento continha referências evidentes.
O tempo passou e o game foi modernizado. Versões ‘Champion Edition’, ‘Turbo’, ‘Zero 1’, ‘Zero 2’, etc., foram concebidas popularizando a marca por todo o planeta. Com a chegada da nova geração, as características dos novos consoles proporcionaram jogos com mais detalhes, melhor jogabilidade e profundidade gráfica. Eis que, em fevereiro de 2009, aproveitando essas nuances, surge Street Fighter IV.
Uma nova forma de encarar os jogos de luta foi criada. Muito melhor, mais bonito e com jogabilidade aprimorada… Ou seja, de qualquer forma imperdível. Desde o seu lançamento, já ouvíamos rumores de um suposto SSFIV, que seria composto por novos lutadores, golpes inéditos e por ai vai…
Em 2009, uma avalanche de boatos circundou a internet. Cada qual apontava para uma série de nomes que poderiam compor o elenco de lutadores. O tempo passou e a Capcom, aos poucos, nos apresentou suas escolhas… Vídeos e imagens surgiam e os segredos eram desvendados…
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Analisar o game é uma tarefa complicada. Em cada minúcia do projeto um emaranhado de informações e referências históricas se destaca. Olhar para a tela da América do Sul (Blanka) e não recordar de SF II é quase impossível.
Super em tudo
Os novos personagens: T. Hawk, Dee Jay, Juri, Cody, Guy e Adon, Hakkan, Dudley, Ibuki e Makoto foram escolhidos a dedo para atingir o maior público possível. O mais interessante é Hakkan, com seu corpo embebido de óleo e animações engraçadas. Entretanto, todos os personagens condizem com a história do game. O equilíbrio entre as características de cada lutador foi, sutilmente, nivelado aumentado a diversão e a aproximação com os jogadores mais casuais.
O universo criado para os encontros continuam peculiares. Absorvemos as necessidades de cada combate, e assumimos seus desejos como algo único. Blanka, por exemplo, luta para ser aceito da forma que é. Comove e inspira. A interação da luta com o cenário é interessante. As ações realizadas nos combates interferem na região a sua volta. Pessoas que caem, olhares assustados…
Cada uma das fases possui suas distinções e identificá-las é prazeroso. Além de toda a ambientação, os lutadores são bem produzidos, assim, como no seu antecessor! Vale destacar a volta dos estágios de bônus. É sempre divertido destruir carros ou barris para conquistar mais pontos. Espero que em alguma atualização do game a fase dos galões pegando fogo retorne.
A precisão dos controles continua soberba. Vou mais além, está quase sem falhas. Algo importante para ser destacado é que para uma experiência completa, existe uma necessidade notória de um controlador nos moldes do arcade. A execução de combos e especiais no controle convencional são irritantes. A disponibilidade dos botões no i-pad é uma tortura.
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Agora cada lutador possui dois ultra-combos. Esse aspecto foi uma mudança interessante em relação ao primeiro, pois agora, temos mais possibilidades de combinações de ataque e finalizações mais contundentes. Os gráficos continuam no mesmo nível do anterior, ou seja, muito bons!
Nem tudo é perfeito
A introdução histórica dos lutadores continua decepcionante. Os finais estão pobres e previsíveis. É até incoerente a Capcom evoluir em tantos pontos e deixar um dos ápices de lado. Um trabalho mais denso e abrangente é cabível. Passamos por todas as batalhas e a decepção final poderia ser dispensada. Esse foi o mesmo problema do título anterior… Quem sabe num próximo título (se houver).
Seth, ainda, não está equilibrado. Enfrentá-lo pode ser uma tarefa bem complicada, e de muitas formas, frustrante, mesmo nos níveis mais fáceis.
Conclusão
Com novas modalidades online (Endless Battle, Team Battle), gráficos convincentes (no mínimo igual à versão anterior), controles precisos, imersão na narrativa e jogabilidade insuperável, SSFIV mantém a superioridade em relação aos outros jogos de luta. Não é tão técnico como alguns concorrentes, porém o carisma e a complexa relação que possui com os gamers o transforma num título imperdível.